Lembra aquele tempo pai?
Que as pessoas iam à tua casa por amor
Que te adorar vinha em primeiro lugar
Bem antes dos interesses e das bênçãos que em teu nome poderíamos alcançar.
Lembra pai?
De um povo que te servia sem questionar
De uma igreja unida que não escolhia quem amar
Porque o que o outro tinha não importava para o caminhar.
Eu me lembro pai...
Da inocência e pureza de te buscar
De dar sem esperar receber
De fazer por amor, sem precisar do outro ver e reconhecer.
Eu queria pai...
Fazer parte de uma igreja que buscasse os pecadores
Que pensasse mais no próximo e deixassem de ser julgadores
Lugar onde o amor e o perdão fossem dados à todo momento
Até porque não sabemos quanto tempo temos.
Uma pena pai...
Que sempre deixamos pra depois
E esquecemos que o tempo voa
E que quem vive como se nunca fosse morrer é pegado de surpresa
E vai embora com o peso de uma vida inteira.
- Bárbara Eliote.